Cenário e Tendências para Pequenas e Médias Empresas (PMEs) [2023]
O cenário para pequenas e médias empresas no Brasil registrou um crescimento leve de 0,7% no último mês de julho, de acordo com o índice de desempenho da plataforma de gestão Omie. Antes disso, a aceleração do setor foi de 3,5% no primeiro semestre.
Nesse contexto, fatores como a inflação e a pressão dos juros causam um freio no crescimento das PMEs. Até então, essas condições impedem o setor de alcançar melhores resultados. Em agosto, a taxa básica de juros (Selic) ficou definida em 13,75% ao ano, a 11º alta consecutiva.
Por outro lado, o cenário também apresenta oportunidades de evolução para os negócios, principalmente para empresas que se adaptam às novas demandas e tendências do mercado.
A seguir, desenhamos um panorama da situação das pequenas e médias empresas no país nos últimos anos e indicamos as principais previsões de cenário para esse segmento. Também antecipamos as tendências aguardadas para esse segmento. Confira!
Qual foi o desempenho das PMEs em 2021?
Para entender qual foi o desempenho das pequenas e médias empresas em 2021, é interessante conhecer alguns dados do setor. Veja adiante informações do estudo NuvemCommerce, análise especializada anual do e-commerce brasileiro realizada pela Nuvemshop.
Segundo o levantamento, no ano passado, as pequenas e médias empresas faturaram mais de R$ 2,3 bilhões com as vendas online. O valor é 77% maior do que o registrado no mesmo período de 2020 (R$ 1,3 bilhão).
A tendência foi de consolidação da transformação digital, após o “boom” das vendas online devido à pandemia. No ano passado, mais de 5 milhões de consumidores compraram produtos pela internet pela primeira vez.
Além do mais, as PMEs venderam 44,5 milhões de produtos no último ano. O número é 59% maior ao volume registrado no mesmo período do ano passado (28 milhões). Como resultado, é possível afirmar que foram vendidos cerca de 85 produtos por minuto no ano passado.
Já o volume de pedidos aumentou para 10,5 milhões no mesmo período (em 2020, foram 6 milhões). O estudo ainda aponta que o ticket médio de compras em 2021 foi de R$ 219,47, (4% a mais do que em 2020).
Além disso, o mês de maior faturamento para as pequenas e médias empresas foi novembro (tanto em 2020 como em 2021), período relevante para o comércio devido à Black Friday e à proximidade com o Natal.
Quais são os principais desafios e objetivos dos PMEs nesse cenário?
O estudo NuvemCommerce 2022 também revelou os principais desafios enfrentados pelas PMEs que venderam pelo e-commerce no ano passado, a partir de pesquisa com os 90 mil lojistas da base da plataforma Nuvemshop.
Segundo o levantamento, a maior dificuldade de empreender foi a falta de dinheiro para investimento no negócio (38%). Os empreendedores também elegeram como um dos principais problemas a ausência de tempo para desenvolver tudo o que precisam (30%).
Para 2022, os lojistas têm o desejo de expandir as suas estratégias de negócios virtuais. A pesquisa aponta que 74% deles desejam aprender mais sobre estratégias do e-commerce. Outros 68% querem ampliar os canais de divulgação. Além disso, 56% querem ampliar os canais de venda online.
Quais são as perspectivas para as Pequenas e Médias Empresas para 2022?
As pequenas e médias empresas representam uma parcela importante da economia brasileira. Segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), 99% das empresas existentes no Brasil são pequenas e médias. Depois, 62% dos empregos de carteira assinada são gerados por PMEs. Esse tipo de empresa ainda é responsável por 27% do PIB do País.
Ainda que sofram os impactos de um cenário atual de dificuldades econômicas, as empresas desse porte também contam com novas oportunidades. O cenário atual é considerado de recuperação pelas empresas.
Uma prova disso é que a proporção de empresas com queda no faturamento reduziu ao final de 2021. O movimento de recuperação do faturamento dos pequenos negócios se manteve, de acordo com a Pesquisa Sebrae – O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios – 13ª edição.
Assim também, de acordo com os dados do Mapa de Empresas do Ministério da Economia – Boletim do 3º quadrimestre/2021, foram mais de 3,9 milhões de pequenos negócios abertos no ano passado. Desse total, 80% foram enquadrados em MEI. Esse movimento foi observado diante da falta de emprego formal, que levou muita gente a abrir o próprio negócio.
De outro modo, em 2021, mais de 4 milhões de companhias foram abertas. Esse número correspondeu a um avanço de 20% em relação ao resultado de 2020. No país, predominam as atividades do setor terciário (comércio e serviços), que representam 81,5% das empresas em funcionamento.
Qual é a previsão de faturamento em 2023 para PMEs?
A movimentação financeira real das PMEs deve desacelerar no próximo ano. O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (Iode-PMEs) projeta crescimento de 1,2% para o setor em relação a 2022.
O Iode-PMEs é uma espécie de termômetro econômico das empresas que apresentam faturamento de até R$ 50 milhões anuais. Por isso, consiste no monitoramento de 637 atividades econômicas que compreendem o setor agropecuário, comércio, indústria, infraestrutura e serviços.
Para este ano, a estimativa de crescimento das pequenas e médias empresas é de 4,1%. O prognóstico aponta que os efeitos da subida de juros promovida pelo Banco Central nos últimos meses devem ficar mais evidentes.
Segundo especialistas, os juros elevados dificultam a tomada de crédito e elevam os rendimentos de aplicações financeiras em renda fixa. Esse cenário prejudica a evolução do consumo e os investimentos.
Sob outra perspectiva, mesmo com esses desafios, as PMEs tendem a seguir em crescimento no próximo ano, alinhadas com as projeções de avanço modesto do PIB que percorrem pelo mercado.
Quais são as principais tendências para as PMEs?
É possível listar algumas tendências que despontam como campos de crescimento para as pequenas e médias empresas. A diversidade nas formas de pagamentos e o Open Banking estão entre os tópicos que valem a pena investir. Saiba mais!
Pagamentos mais fluídos
As PMEs precisam se adaptar à demanda de consumidores que buscam, cada vez mais, diversidade nas formas de pagamento. Essa tendência já era forte antes da pandemia e se consolidou.
Ainda segundo o estudo NuvemCommerce, que também apontou tendências para o setor de pequenas e médias empresas, é importante estar atento a ferramentas que possibilitem pagamentos por Pix, carteiras digitais, WhatsApp Pay.
Esse tipo de pagamento deve ser oferecido em conjunto com os tradicionais, como cartão de crédito e boleto. O relatório aponta que, quanto mais opções de pagamento, menos objeções de compra dos clientes.
Levando em conta somente os pagamentos por PIX, nove em cada dez pequenos negócios já adotam essa modalidade de pagamento, de acordo com pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em novembro do ano passado, 86% das pequenas empresas já utilizavam a modalidade. Considerando os microempreendedores individuais (MEI), 87% afirmam usar o PIX em suas transações. Entre donos de micro e pequenas empresas, essa parcela é de 85%.
Open Banking
O Open Banking é um sistema de compartilhamento entre instituições financeiras de informações cadastrais e histórico de transações financeiras, mediante o consentimento do cliente.
Com os dados compartilhados de uma instituição para outra, há a possibilidade de o cliente contratar o crédito que ofereça a maior vantagem. Esse é um benefício que pode fazer a diferença para viabilizar um negócio, porque pode democratizar os empréstimos.
O Open Banking também pode dar mais dinamismo e diminuir a burocracia para empreendedores conseguirem crédito. Além do mais, a medida possibilita parcerias entre bancos e empresas, para oferecer novas soluções para as PMEs, contribuindo para a redução de taxas e adição de novos serviços.
Vendas pelo WhatsApp
As vendas pelo WhatsApp são uma tendência que se firmou em 2021 e segue para este ano, principalmente após o Whatsapp ter lançado a funcionalidade de pagamento pela plataforma.
Segundo o estudo Consumer Insights da Kantar, 47% do volume de compras na plataforma de mensagens foram feitos por pessoas da classe C. Além disso, 33% das pessoas que o usaram em suas jornadas de compra têm mais de 50 anos.
Jornada de trabalho remota
As operações das pequenas e médias empresas estão sendo alteradas pela nova era do trabalho móvel. De acordo com o Relatório de Tendências para PMEs da Salesforce, o planejamento a longo prazo de 2 em cada 5 PMEs é para que os funcionários trabalhem remotamente pelo menos metade do tempo.
Os acordos de trabalho nesse sentido variam em cada setor. As PMEs dos segmentos de turismo/ hospitalidade e produção industrial são mais propensas a ter os funcionários trabalhando presencialmente, quando comparadas ao setor de tecnologia, onde as PMEs são mais propensas a trabalhar remotamente
Soluções de tecnologia
De outro modo, o emprego eficaz da tecnologia pode ser um diferencial para as PMEs, a fim de estreitar relacionamentos e estabelecer uma base para o crescimento dos negócios. A maioria das PMEs em crescimento (71%) afirma que sobreviveu à pandemia por causa da digitalização.
Nessa perspectiva, os principais motivadores para o investimento em tecnologia são: aumentar a produtividade (62%), melhorar a agilidade dos negócios (60%) e aumentar a segurança dos dados (54%).
Entre as principais soluções adotadas, estão os softwares de atendimento ao cliente e de e-mail marketing, as ferramentas colaborativas e de automação de marketing. Diante do uso crescente uso nos últimos anos, cerca de 3 em cada 5 PMEs em crescimento utilizam cada uma dessas ferramentas.
Como a WeCont pode ajudar a sua PME?
A WeCont é uma startup de contabilidade que promove a transformação contábil de maneira disruptiva dentro das empresas. Por isso, oferece um serviço contábil de altíssima qualidade, para que os empreendedores deixem toda a burocracia para trás.
Com foco exclusivo no sucesso dos infoprodutores, a empresa entrega estratégias digitais inovadoras. Consequentemente, a parceria com a WeCont permite não apenas diminuir os seus custos, mas também para alavancar o seu crescimento, com credibilidade e agilidade.
Conheça os nossos principais serviços
A WeCont oferece atendimento personalizado desde o primeiro contato. Com base nos seus objetivos e planos, entregamos a gestão contábil mais adequada para o seu negócio crescer.
Abertura da sua empresa
Se você já está empreendendo ou está se planejando para isso, já é o momento de formalizar a sua empresa. Quando a legalização do seu negócio é feita com antecedência, você ganha mais chances de garantir a saúde e sucesso do seu empreendimento.
Dessa forma, é possível garantir mais tranquilidade, segurança e agilidade no processo de lançamento do seus produtos e serviços. Por outro lado, caso não formalize o seu negócio, pode ter que custear despesas extras, com multas e autuações. A legalização ainda previne o endividamento e facilita o acesso ao crédito empresarial.
Economia dos tributos*
A WeCont proporciona uma redução de cerca de 50% na carga tributária para as empresas que trabalham com infoprodutos realizarem lançamentos digitais. Essa economia varia de acordo com o faturamento de cada negócio. Assim, você pode obter uma economia significativa no valor total dos impostos devidos.
Suporte contábil
Também realizamos um planejamento contábil e tributário personalizado, a fim de diminuir todas as despesas do seu negócio. Por consequência, dá para diminuir as dores de cabeça e otimizar os ganhos financeiros dos empreendedores.