O scenario planning, ou planejamento de cenários, é uma técnica que permite o gerenciamento dos negócios em períodos de crises, recessões e incertezas, como a que o mundo todo enfrenta neste momento devido ao coronavírus.
De certa forma, o conceito busca identificar quais problemas as empresas enfrentam nesse momento e de que forma eles podem impactar no futuro dos negócios. Assim, é possível fazer uma previsão sobre a rentabilidade e qual o melhor caminho para garantir a saúde financeira da organização.
Ficou interessado e quer saber mais sobre isso? Confira o post que preparamos sobre o assunto!
Como a estratégia ajuda na redução de riscos?
Toda empresa em operação está sobre constantes riscos, sejam eles relacionados a fatores internos, sejam por causas externas. Nos últimos anos, diversos países ao redor do globo tiveram seus momentos de rescisão, o que acabou sacrificando muitos empreendimentos.
Atualmente, vivemos um momento histórico. Não importa o ramo de atuação, o porte do negócio ou as estratégias para vencer a concorrência: o pânico causado pelo isolamento social, estratégia utilizada por muitos países para conter o COVID-19, está fazendo muita gente perder o sono.
As organizações que estão vendo a possibilidade de não sobreviver a esse período têm uma coisa em comum. Provavelmente, o planejamento estratégico de todas elas deixa de levar em consideração as incertezas do futuro.
Dito isso, o scenario planning se mostra uma poderosa ferramenta para que possam resolver esse problema. A metodologia ajuda as organizações a pensar sobre o futuro, entender os novos caminhos que se abrem, onde as portas se fecham e como remodelar processos para encontrar a direção correta em meio a crise.
De que forma ela facilita a tomada de decisões?
O scenario planning não é uma estratégia criada para salvar as empresas da crise gerada pelo coronavírus. Na realidade, ela é uma metodologia que deve fazer parte do planejamento estratégico da empresa, pois está diretamente relacionada com a qualidade e segurança nos processos de tomada de decisão.
Isso porque ela não serve apenas para prever um cenário futuro, mas trabalha na criação de várias possibilidades. Confira esses exemplos:
- uma nova pandemia global;
- a chegada de um novo concorrente;
- um fornecedor que, de repente, suspende suas operações;
- outra greve dos caminhoneiros;
- crise relacionada ao petróleo.
Em todos esses casos, ao planejar os possíveis cenários, a empresa pode se beneficiar. Ao saber como agir antes que os problemas aconteçam, ela pode se prevenir de diversas formas:
- adequando a gestão do estoque;
- contratando sistemas de automação para atividades essenciais;
- se antecipando em relação ao orçamento.
Essas não são as únicas possibilidades. Na realidade, quando a empresa age de forma preventiva, ela não desenha apenas os cenários, mas também os processos de tomada de decisão. O que é de extrema importância para ter atitudes inteligentes e diminuir os riscos que uma decisão precipitada traz aos negócios.
Quais os principais desafios?
Até aqui, você viu que o scenario planning é uma alternativa para que as empresas tomem decisões corretas, reduzam os riscos e garantam a rentabilidade mesmo em situações em que parece impossível encontrar a solução.
No entanto, existem alguns desafios na implementação do planejamento de cenários:
- custo – os custos da implementação da estratégia podem variar de acordo com o cenário, o porte da empresa, o produto comercializado o tamanho das equipes e as parcerias comerciais;
- tempo – processos de tomada de decisão seguros dependem de uma boa base de dados, o que pode fazer com que a empresa demore meses coletando informações para, assim, prever um cenário concreto;
- recursos – além dos recursos financeiros, é necessário contar com uma equipe que tenha experiência no scenario planning e que entenda sobre os cenários que estão sendo estudados.
Como aplicar o scenario planning?
À primeira vista, pode parecer uma estratégia complicada. No entanto, as etapas de aplicação são relativamente simples. Veja em 5 passos:
- identifique a força – trabalhe com a previsão do cenário futuro, pensando em como o COVID-19 vai transformar a sociedade, a economia, a tecnologia e a política e de que forma essas transformações podem afetar a sua empresa;
- trabalhe com as incertezas – quando sua lista estiver pronta, escolha as duas opções que podem causar um impacto maior em seu negócio;
- desenvolva possíveis cenários reais – a partir daí, é hora de pensar nos possíveis cenários causados por essas incertezas. Essa etapa deve ser feita de forma consciente, pensando em situações tangíveis, já que o objetivo é encontrar as melhores saídas para cada um deles;
- discuta as implicações – com todas essas previsões em mãos, é hora de discutir com sua equipe os reais impactos de cada uma dessas medidas e estabelecer os possíveis erros, para que sejam evitados.
- reconsidere sua estratégia – por fim, é hora de adequar as estratégias da empresa a esse novo cenário. Se for preciso, será necessário definir uma nova missão, visão e valores.
Quais erros devem ser evitados?
Trabalhar com o scenario planning e gestão de riscos exige simplicidade. Em períodos de recessão, há diversas informações circulando ao mesmo tempo, e pode parecer tentador trabalhar com vários cenários.
No entanto, assim como recomendamos anteriormente, se concentrar apenas nos dois maiores problemas traz mais segurança aos processos de tomada de decisão e evita que você tenha uma postura precipitada.
Além disso, ao desenvolver seus diferentes cenários, evite pensar em curto prazo. Você pode estar preocupado em como ficam as finanças da empresa no próximo mês, mas é importante pensar em quantas dessas mudanças vão permanecer enraizadas em nossa sociedade com o passar dos meses.
Por exemplo, no caso do coronavírus, alguns pesquisadores acreditam que a crise possa durar meses. Ou seja, é importante ser otimista, mas se prevenir para um cenário mais complicado é fundamental.
Agora que você está por dentro do scenario planning, considere aplicar o método para garantir que a sua empresa vai sofrer o mínimo de impactos negativos com a crise global causada pelo coronavírus.
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