Quais as principais dicas de gestão da China? Confira!
A pandemia do coronavírus paralisou o mundo e se transformou na maior preocupação de todos os países no início de 2020. No entanto, tudo começou na China no ano anterior, e exigiu uma adaptação de estratégias dos chineses para lidar com o cenário criado. E temos muito a aprender com as dicas de gestão dos orientais para o período.
O que aconteceu por lá não foi muito diferente da situação vivida no Brasil. Quando as primeiras infecções foram anunciadas, as máscaras e o álcool em gel sumiram das prateleiras e a solução foi decretar a quarentena para que a situação não saísse do controle.
O vírus chegou ao nosso país quando a situação dos chineses já estava muito melhor. Por isso, vamos descrever as principais lições que ficaram do primeiro epicentro da crise. Acompanhe!
Exploração de recursos digitais
Explorar os recursos digitais, como o comércio online, é uma das mais importantes dicas de gestão que a China nos trouxe muito antes da pandemia global gerada pelo coronavírus.
Em 2003, a China sofreu com a SARS – Síndrome Respiratória Aguda Grave. E foi nesse período que o e-commerce chinês mais famoso do mundo, o Aliexpress, cresceu.
O Alibaba — como é conhecido na China — se transformou em um polo alternativo de compras para quem tinha medo de sair de casa. Seu fundador permitiu que seus colaboradores fizessem home office e, a partir daí, o site virou um fenômeno.
Com a pandemia do coronavírus não foi diferente. O medo da contaminação fez do e-commerce a prioridade dos consumidores. Lojas, bares e restaurantes viram os clientes sumirem dos estabelecimentos, mas, em contrapartida, o número de pedidos de entregas decolou.
O exemplo foi seguido por mercados, escolas e até mesmo profissionais da música, que transmitiam seus shows ao vivo. Essa movimentação foi sentida também no Brasil.
No Instagram, profissionais de todos os ramos estão se dedicando às lives, oferecendo seus serviços online de forma gratuita ou utilizando meios de pagamento digitais. Certamente, ao final de tudo isso, empresas e profissionais vão rever seus métodos de trabalho e marketing. A crise vai deixar grandes lições.
Prevenção para evitar potencialização da crise
O coronavírus chegou ao Brasil trazendo a receita para evitar que o vírus causasse um forte impacto, como foi em outros países:
- cobrir o nariz e a boca ao tossir;
- lavar as mãos por 20 segundos ao voltar da rua;
- deixar os calçados do lado de fora de casa;
- evitar aglomerações.
Mais do que ações preventivas, são hábitos de higiene que devem ser enraizados em nossas vidas pessoais e fazer parte da cultura da empresa. Manter o local de trabalho higienizado e estimular que os trabalhadores tenham esse cuidado demonstra que a organização está preocupada com a qualidade de vida e com a saúde do trabalhador.
Além disso, é preciso pensar nos clientes. Empresários chineses fizeram questão de deixar as medidas sanitárias nítidas, para que o público se sentisse seguro em frequentar os estabelecimentos.
Alianças para abrandar os efeitos da crise
Não é a primeira vez que a China passa por uma epidemia viral, como pontuamos acima ao contar a história de sucesso do Aliexpress. Em ambos os casos, a China nos ensina o quão valioso é aprender com os erros do passado. Por isso, o país é uma referência em desenvolvimento tecnológico, financeiro e humano.
O que ficou muito nítido na pandemia são as habilidades comportamentais dos chineses: empatia, humildade, transparência e cooperação. são comportamentos que devem servir de exemplo para outras nações do mundo, até porque todo e qualquer país pode ser o epicentro de uma nova epidemia.
Colaborar com a China e com outros países devastados pelo coronavírus ou outras tragédias naturais — como tsunamis, terremotos e enchentes — não significa apenas ser solidário e respeitoso com a história de um dos países mais relevantes para a economia mundial. É estabelecer alianças para que, no futuro, ninguém precise enfrentar as tragédias sozinho.
Essa é uma lição que pode ser aplicada no mundo corporativo. Seus colaboradores, fornecedores e até mesmo concorrentes podem ser grandes parceiros em momentos de necessidade.
Planejamento de cenários
Muitas empresas brasileiras comercializam produtos originários da China, e o coronavírus acendeu um alerta para uma prática muito importante no mundo corporativo: o planejamento de cenários.
Planejar os cenários é uma prática empresarial que visa considerar as possíveis variações externas dentro de suas estratégias de negócio. Empreendedores organizados, ao ver que a China estava paralisando, puderam organizar o recebimento das mercadorias nos próximos meses e, assim, minimizar os impactos.
Essa é uma das dicas de gestão mais valiosas para as organizações. No geral, ninguém está livre de enfrentar uma crise, e assumir uma postura preventiva é uma das formas mais eficientes de amenizar os problemas trazidos por algo que foge do nosso controle.
Agilidade no acionamento de estratégias
A agilidade e transparência do governo chinês mediante a epidemia merece destaque. Assim que as autoridades perceberam a velocidade da transmissão, se reuniram com órgãos competentes, acionaram especialistas e começaram a trabalhar em medidas para solucionar a crise o mais rápido o possível.
Assim, o governo isolou os mais de 11 milhões de habitantes de Wuhan, onde tudo começou, cancelou as comemorações do Ano Novo chinês e interditou pontos turísticos. Mas o auge, que ganhou destaque na imprensa internacional, foi a construção de um hospital com mil leitos em apenas 10 dias.
Fica a todos nós a importante lição sobre a importância de agir rapidamente no desenvolvimento de estratégias que nos permitam vencer desafios, ainda que o problema pegue as empresas desprevenidas. Em muitos casos, o melhor caminho é investir em inovação e recorrer à ajuda de consultorias especializadas.
China, Espanha, Itália, Estados Unidos, Brasil e demais países, todos tiveram que se adaptar a nova realidade. Esperamos que as dicas de gestão da China sirvam como exemplo para todos. A crise é global, mas não afetou todos os lugares ao mesmo tempo. Por isso, é hora de aprender com quem errou — e aprendeu — antes de nós. Estamos todos juntos nessa!
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