5 empresas que podem pedir falência em 2023
O ano de 2023 está sendo marcado por uma série de crises econômicas, que estão afetando empresas de todos os portes e setores. No Brasil, o cenário é particularmente desafiador, com o aumento da inflação, da taxa de juros e da desvalorização do real. Diante desse contexto, algumas empresas estão enfrentando grandes dificuldades financeiras e podem ser forçadas a pedir falência.
Neste artigo, vamos explorar quatro empresas que estão em risco de desaparecer nos próximos anos.
Empresas que podem pedir falência ainda em 2023
Tok&Stok
Renomada no Brasil por sua excelência em móveis e decoração, encontra-se em meio a uma crise sem precedentes e pode vir a pedir falência ainda neste ano. Com uma dívida alarmante de cerca de R$600 milhões, a empresa enfrenta uma profunda turbulência que ameaça sua existência.
Para tentar aliviar sua situação financeira desesperadora, a rede viu-se obrigada a tomar medidas extremas, como o fechamento de diversas lojas e a promoção de liquidações em larga escala, oferecendo descontos de até 50%, tudo isso na tentativa de angariar capital e quitar suas obrigações.
Oi
Após um longo processo de recuperação judicial, está enfrentando mais um desafio ao ingressar com um novo pedido no mês de março, o que deixa a companhia com a suspeita de chegar a falência. A empresa almeja conquistar estabilidade financeira a longo prazo, mesmo enquanto negocia com seus credores.
Com uma dívida que já ultrapassa os R$ 35 bilhões, especialistas afirmam que a situação da companhia é como uma bola de neve, cada vez mais difícil de controlar.
Marisa
Renomada como uma das maiores redes de moda feminina do Brasil, a Marisa enfrenta um cenário desafiador no primeiro trimestre deste ano. Além de registrar um prejuízo acumulado de R$ 149 milhões, a empresa está lidando com uma série de outras dificuldades.
Fornecedores estão pedindo sua falência, mais de 90 lojas foram encerradas e enfrentam pedidos de despejo devido a atrasos nos aluguéis. Para agravar a situação, em fevereiro, o então CEO da Marisa, Adalbeto Peres Santos, renunciou ao cargo, expondo ainda mais os problemas financeiros da empresa.
Tupperware
A marca, que ganhou notoriedade como líder em recipientes herméticos, enfrenta um grande risco de insolvência neste ano. As ações da marca despencaram mais de 90% nos últimos 12 meses na Bolsa de Nova York, e a empresa está lutando para renegociar suas dívidas.
A Tupperware foi pioneira ao criar a Tigela Maravilhosa, uma tampa que mantém os alimentos frescos por mais tempo.
Amaro
Outra varejista que se viu obrigada a buscar auxílio foi a Amaro, que optou por solicitar uma recuperação extrajudicial. Nesse tipo de processo, a empresa busca um acordo direto com seus credores, com intervenção mínima do sistema judicial.
A empresa acumula uma dívida total de aproximadamente R$ 244 milhões, dividida entre R$ 151,8 milhões em obrigações bancárias e R$ 92,8 milhões junto a fornecedores.
Em 2022, a rede esteve à beira de receber um investimento de um fundo, porém, devido à deterioração das condições do mercado, marcada pelo aumento das taxas de juros e a retração dos investimentos em empresas de tecnologia, o potencial sócio decidiu abandonar os planos. Essa decisão acabou agravando ainda mais a situação financeira da empresa.
Futuro incerto
O futuro dessas empresas ainda é incerto, mas é claro que elas estão enfrentando uma situação muito delicada. Se não tomarem medidas para se reestruturar, é possível que elas sejam forçadas a declarar falência ainda em 2023 ou nos próximos anos.
Empresas que pediram falência em 2023
Pan
Outra marca que ocupa um lugar especial na memória dos brasileiros, a fabricante de chocolates Pan, também enfrentou um cenário sombrio recentemente, declarando falência no início deste ano.
Responsável por clássicos como os cigarrinhos e moedas de chocolate, a empresa tomou a decisão de solicitar sua própria falência após enfrentar uma série de desafios durante seu processo de recuperação judicial, que teve início em 2020.
A dívida acumulada pela Pan atingiu a marca de R$ 126 milhões; adicionalmente, a empresa não cumpriu suas obrigações fiscais de forma adequada por mais de duas décadas. Diante desse cenário, tornou-se inevitável o encerramento das operações, resultando na demissão dos poucos funcionários e na venda de ativos, como equipamentos e imóveis, para quitar parte da dívida.
De acordo com informações fornecidas pela própria empresa, a pandemia foi um fator determinante que agravou ainda mais a situação dos negócios.
Livraria Cultura
Para os apaixonados por literatura, a Livraria Cultura representava um símbolo icônico. No entanto, no início deste ano, a empresa se viu compelida a solicitar sua falência, após um processo de recuperação judicial que teve início em 2018. Naquele mesmo ano, a Saraiva (SLED4), outra importante livraria, também deu início a um processo semelhante.
Em meio à fuga de clientes, declínio nas vendas, aumento de custos e uma série de questões trabalhistas, o setor como um todo enfrentou um colapso significativo.
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